domingo, 23 de janeiro de 2011

Louco mundinho

Não sei como é que eu - minha alma - foi parar numa família tão louca, neurótica, questionadora. Eu não me lembro de uma vez só que estive em certa harmonia e rotina nessa vida. Rotina de escola, sim, essas coisas são normais. Mas é que minha vida muda constantemente, e eu que sou alérgica a pó vivo numa família que tem uma certa atração com obras.

Posso morar minha vida inteira na mesma cidade e no mesmo endereço. Mas não é como se as coisas fossem sempre a mesma. Nós três - minha família - vivemos num eterno acampamento. Comendo no chão. Lavando os dentes no tanque. Dormindo na sala.

"Os vizinhos devem pensar: já que nós não viajamos, fazemos acampamento dentro de casa." diz meu pai, rindo. Só nos basta rir dessa vida louca que vivemos.

Quando tudo parece resolvido, redecorado, arrumado e cheiroso. Lá começa tudo de novo.

É que não somos de um tipo muito comum.

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